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Tem sabor de mel!! |
Quem me viu passar na prova e não me ajudou!! |
Os hits de nossa “Parada de Sucessos Gospel” contribuem também ― e muito!― para fomentar este mal. Grande parte dos “hinos” atuais falam que nossos inimigos estão constantemente tramando contra nós, mas serão destruídos, teremos vitória sobre eles, eles contemplarão de pé a nossa vitória etc. A canção “RESSUSCITA-ME” mostra que os nossos inimigos “estão tentando sepultar as nossas alegrias, e querem ver os nossos sonhos cancelados”. “SABOR DE MEL” segue o mesmo padrão, pois no dia de nossa vitória os nossos inimigos vão estar na plateia, enquanto nós estaremos no palco, devidamente honrados, e aqueles arrependidos.
Os crentes também são os maiores e mais fieis adeptos das teorias de conspiração que pululam nas redes sociais e sites, e que estão invadindo nossas igrejas e seus cada vez mais escassos e simplórios Cultos de Doutrina e EBD. Ao invés de aproveitarmos estes Cultos para ensinarmos as Escrituras e a sã doutrina, ensinamos as teorias loucas e as fábulas, tão combatidas no NT (1 Tm 1:4; 4:7; Tt 1:14; 2 Pe 1:16).
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Quando me ver na benção vão se arrepender! |
Mas ainda existe aqui aonde moro a famosa “macumba gospel”, chamada de “oração contrária”. Muitos crentes que eu conheço se dizem vítimas de irmãos-inimigos que, não suportando qualquer sinal de prosperidade em suas vidas, passam a orar contra eles, pedindo a Deus que não mais os abençoe, que seus negócios não prosperem etc. Sinceramente, não consigo imaginar um Deus cujo atributo eterno é a justiça ouvindo e atendendo qualquer tipo de oração que se enquadre nesta categoria! Se Deus me ouve somente nas petições que são da Sua vontade (1 Jo 5:14), para que temer qualquer oração que não se enquadre nesta condição?
E assim caminha a cristandade... Igrejas cheias de crentes que se recusam a conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor (Os 6:3), que desconhecem e descumprem as Escrituras, que se julgam perseguidos e rodeados de inimigos Uma epidemia de esquizofrenia digna de algumas considerações à luz da Escritura:
1. Nosso inimigo não é a carne e nem o sangue (Ef 6:12). Neste aspecto, reside a certeza de que os que nos rodeiam não são nossos inimigos, e mesmo os que assim se declaram não são os nossos verdadeiros inimigos. O diabo é o inimigo, e é a este inimigo em particular a quem devemos combater, e não aos inimigos de carne e sangue. Erramos, pois, primordialmente por não sabermos reconhecer quem é nosso verdadeiro inimigo, e cometemos tal erro primário porque nos recusamos a dar ouvidos às Escrituras!
2. Cremos em um Deus protetor. Ele, dentro da Sua soberana vontade, protege aqueles que são Seus filhos por adoção em Cristo. Desde o AT ele já fazia isto, tratando Israel sob proteção. Quando Balaque alugou os “serviços proféticos” de Balaão para amaldiçoar o povo de Deus, o próprio Senhor lhe respondeu pela boca do profeta mercenário: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?” (Nm 23:8). Logo, não há NADA que os nossos “inimigos” façam contra nós que venha nos fazer qualquer efeito maléfico, se não for a vontade do Senhor.
Isso é perseguição! |
Isso não!! |
3. Em nenhum lugar do Novo Testamento somos orientados a viver este tipo de paranoia, medo, fobia, ojeriza de nossos inimigos. O Evangelho nos ensina a não resistirmos às provocações deles. Quem nos ferir a face, demos a outra. Quem quiser nossa túnica, cedamos a capa. Quem quiser nos obrigar a caminhar uma milha, caminhemos duas. E tudo isso voluntariamente (Mt 5:38-42)! Paulo, escrevendo aos romanos, prescreveu com detalhes: “A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12:17-21).
4. Jesus deixou muito claro qual deve ser nossa relação com os que se posicionam abertamente como nossos inimigos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céu...” (Mt 5:43-45). Nossa postura enquanto seguidores de Cristo não é desprezar, retaliar ou mesmo orar pedindo que eles sejam fulminados, julgados, desejar que eles assistam humilhados à nossa exaltação etc. Paulo reafirma esta mesma verdade quando ensina à igreja em Roma: “Abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis” (Rm 12:14).
Lamentavelmente, pregadores e suas “mensagens”, cantores e seus “hinos” têm-nos ensinado uma relação completamente antibíblica com os nossos inimigos. Eles estão fomentando em nosso meio não uma submissão ao que ensinam as Escrituras, mas um ensino mau e legalista de que devemos resistir aos nossos inimigos, odiá-los, orar pedindo a Deus justiça e juízo sobre eles. Somos chamados ao AMOR, e este amor não se resume aos nossos irmãos na fé, pois bem nos ensinou nosso Mestre: “se amardes os que vos amam, que galardão havereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:46-48). Se insistimos nõ ouvir a Jesus, mas seguir falsas pregações e dar ouvidos a hinos espúrios, não estamos contribuindo para nossa própria esquizofrenia?
Voltemos à Palavra! Observemos aonde caímos, e tornemos para o caminho (Ap 2:4-5)! Desprezemos os ensinos errados! Roguemos ao Senhor que nos cure desta esquizofrenia louca! Mesmo que tenhamos inimigos declarados, que a inimizade não parta de nós. Oremos por eles! Falemos bem deles! Abençoemos! Estevão, o primeiro mártir de nossa fé, mesmo sendo apedrejado orou por seus inimigos na hora de sua morte (At 7:60); suas últimas palavras foram A FAVOR de seus algozes. Na época da Igreja Primitiva parece que não existiam esquizofrênicos no seio da Igreja. Pelo menos Estêvão e os primeiros mártires sabiam se portar varonilmente, mesmo rodeados de inimigos. Perdoavam e abençoavam. Que suas vidas nos sirvam de exemplo, e nos estimule a mudar nossa conduta, antes que esta “esquizofrenia gospel” vire uma epidemia real, incurável e incontrolável!
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Visto em : Púlpito Cristão
De autoria: Blog do EsquiZiton
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